Título original: Norse Mythology
Tradução: Edmundo Barreiros
Autor(a): Neil Gaiman
Editora: Intrínseca
Ano: 2017
Páginas: 288
Gênero: Fantasia/Horror/Ficção Científica
ISBN: 9788551001288
Sinopse: Os grandes mitos escandinavos recontados em um arco que vai do início dos tempos até o apocalipse mítico do Ragnarök. Neil Gaiman empresta suas palavras aos contos, mas se mantém fiel à mais tradicional leitura de mitologia nórdica, que guarda em verso e em prosa as lendas de Odin, o mais poderoso dos deuses, sábio, audacioso e sagaz; de Thor, seu filho, o mais forte, porém o menos inteligente dos deuses; e de Loki, filho de gigantes, irmão de Odin por juramento, trapaceiro e extraordinário manipulador.
Em quinze histórias fascinantes, Gaiman nos apresenta deuses competitivos que traem e são traídos e cujas emoções ditam grande parte de suas ações - traços marcantes de uma mitologia que ganha, neste livro, um novo e precioso registro.
↪Exemplar de cortesia do Sebo Baú de Livros↩
RESENHA
Decidi fazer um pequeno resumo de alguns contos e ao final, dar minha opinião sobre o livro no geral.
- Uma apresentação
Iniciamos a leitura com as palavras de Gaiman nos contando sobre sua paixão pela mitologia nórdica e como ela surgiu.
- Personagens
Aqui descobrimos que encontraremos diversos deuses pelas histórias, mas os mais citados são: Odin, pai de todos; Thor, o deus do trovão; e Loki, que para minha surpresa, é retratado como irmão de Odin, por um juramento de sangue. Há um breve resumo sobre os três.
- Antes do princípio, e o que veio depois
No começo não havia nada além de um mundo de névoa e um mundo de fogo. Ao norte ficava o mundo escuro, chamado Niflheim e ao sul, Muspell, lar de Surt, que só sairá de lá quando o Ragnarök for iniciado. Entre Muspell e Niflheim surgiu uma criatura chamada de Ymir, o ancestral dos gigantes. De algumas gerações seguintes, nasce Odin, Vili e Ve. Cansados de existir no vazio, os três assassinaram Ymir e de seu corpo criaram o mundo.
"O sábio nada respondeu: é raro cometer erros quando se está calado."
- Os tesouros dos deuses
Devido a uma infeliz peripécia de Loki, Lady Sif acorda sem seus majestosos cabelos dourados. Thor, esposo de Sif, confronta Loki e lhe intima a resolver isso. Para consertar seu erro, Loki dá inicio ao seu plano, que consiste em pedir aos anões para fazer uma espécie de peruca para Sif. Para não ficar tão evidente que é para benefício próprio, ele inventa uma competição entre duas famílias de anões. E assim surgiram seis tesouros para os deuses, incluindo um certo martelo...
- O mestre construtor
Thor estava longe de Asgard e os deuses se perguntavam como poderiam defender seu lar quando o Deus do Trovão estava fora. Pensaram em um grande e espesso muro, mas construir algo desta magnitude levaria anos, e nesse meio tempo poderia haver um ataque de trolls ou gigantes. No dia seguinte, um homem alto e desconhecido, junto de seu garanhão cinzento, chegou até os deuses propondo construir o muro que eles queriam e levaria apenas o tempo de três estações para tal feito, porém seu preço era algo valioso demais. Os deuses debateram e sua resposta era não, até o ardiloso Loki intervir. Os deuses o ouviram e concordaram com sua visão da situação, menos Freya, ela nunca confiava em Loki. O desconhecido teve apenas uma estação para construir o muro, e estava prestes a conseguir para o infortúnio dos deuses que mais que depressa, mandaram Loki resolver, já que a ideia fora sua.
- Os filhos de Loki
Loki era um belo deus e sabia disto. Ele era casado com a deusa Sigyn, e com ela teve dois filhos, Narvi e Vali. Um dia, Odin o convocou para falar lhe de um sonho que teve. Ele contou ao deus da trapaça que sabia de seus três filhos com a gigante Angrboda. Contou também que eles seriam os piores inimigos de Asgard. Loki tentou parecer triste ou envergonhado, mas não conseguiu. Odin convocou alguns deuses para irem até Jötunheim e buscarem os filhos de Loki. As crianças eram um tanto quanto peculiares.
A mais velha, era uma enorme serpente que cuspia um veneno negro, seu nome era Jörmungund.
A do meio, era um lobo que crescia a cada dia, era chamado de Fenrir.
E a caçula, era uma criança normal, desde que a olhassem pelo lado direito. A metade esquerda era de uma aparência cadavérica, seu nome era Hel.
Odin decidiu separar os filhos de Loki colocando-os em lugares onde não poderiam machucar ninguém.
Fenrir não parava de crescer e isso preocupava os deuses, eles tiveram a ideia de acorrentar o pobre lobo, mas ele era forte e as rompia facilmente. Porém, em algum momento eles acharam algo forte o suficiente para manter o lobo sob controle.
ー Qual o preço?ー A mão de Freya em casamento.ー Ele só quer a mão? ー perguntou Thor, esperançoso.Afinal Freya tinha duas mãos, poderia ser convencida a ceder uma delas sem muita discussão. Tyr cedera a dele, não foi?ー Ela inteira ー corrigiu Loki ー Thrym quer se casar com ela.
No total são quinze contos e um glossário. Eu adorei todos, mas impossível não ter meus preferidos. Como "Os filhos de Loki", "O casamento incomum de Freya", "O hidromel da poesia", e mais dois ou três. Gosto de ver as peculiaridades dos acontecimentos, como um deus dar a luz a um potro de oito patas, ou anões forjarem tesouros realmente incríveis e "impossíveis" para nós. Só um comentário que gostaria de fazer: Thor pode ser um dos deuses mais fortes, mas inteligência não foi uma dádiva dada a ele...
Para aqueles que curtem mitologia, recomendo "Mitologia Nórdica". Gaiman tem uma escrita fluída com ótimas descrições. Sobre o exemplar, agradeço ao Sebo Baú de Livros por ter me enviado ele. A Intrínseca caprichou nele. Capa dura, preta e detalhes dourados, ambos foscos. As páginas são amareladas e com uma diagramação confortável. É uma diagramação simples, mas que ao meu ver, só deixa o livro mais belo.
😮😮😮
ResponderExcluirAmei a resenha, amo Gaiman e ja faz um tempo que quero esse livro :D
ResponderExcluirSempre tive fascínio por mitologias e culturas de outros povos e quando vi esse livro de primeira sabia que iria adorar.Nada menos de um livro escrito por outro adorador, Gaiman apresenta os personagens e conta suas histórias de uma maneira gostosa de se ler. sempre muito intrigante ler o que será que o Loki irá aprontar desta vez (alias sem ele Asgard seria um tanto monótona hahaha. Como sempre sua resenha muito boa, consegue apresentar pontos intrigantes do livro e despertar o interesse em lê-lo. Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirAmo livros sobre mitologia, e quando eles já vem com um bônus que é uma capa maravilhosa assim, já me cativa de cara kkkkk primeira resenha que li dele, gostei do modo que apresentou opinião no final da resenha
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