[Entrevistando] C. A. Saltoris

E a nossa primeira entrevista nacional é com a linda C. A. Saltoris \☺/

01. Olá, seja bem vinda ao Minha Fuga da Realidade, obrigada por conceder esta entrevista. Para os leitores que ainda não te conhecem, quem é C.A. Saltoris?
R.: Eu que agradeço a oportunidade de falar do meu trabalho.  Eu sou natural do Rio de Janeiro, moro na Alemanha há quase dez anos. Sou jornalista, atriz, diretora e produtora. Como autora, eu escrevo Dark Fantasy.

02. A História Esquecida da Hospedaria na Estrada surgiu da sua obsessão interpretação da música do Eagles, Hotel California. Como foi transformar a música em um romance de 351 páginas?
R.: Exatamente, eu tenho uma coisa mórbida, inexplicável por essa música desde criança. Hmm… Boa pergunta. Eu tinha uma ideia muito vaga de como a história se desenvolveria. A única coisa que eu queria manter era, na medida do possível, a cronologia dos acontecimentos da letra da música. Falhei nessa, porque Chronos não permitiu. (Risos) O enredo foi surgindo automaticamente, à medida que as personagens foram se desenvolvendo. Mas eu juro que achei que o livro não passaria de 200 páginas. Me surpreendi.

03. Como foi a criação da gentil Amélia? E o problemático Capitão Frederick, ele seria o capitão que diz que "não tem o vinho desde 69"?
R.: Nossa, Amélia encheu  - e ainda enche - meu coração com tanto amor, que é difícil definir. Ela não estava planejada na história, mas no momento em que eu a vi entrando pela porta da cozinha, com seu coque e seu olhar de anjo, eu soube que ela seria uma das grandes personagens deste livro. Sim, Capitão de Fragata Frederick J. Norton é exatamente o capitão da música. Frederick foi um outro personagem que se desenvolveu de uma maneira completamente diferente da que eu tinha planejado para ele. A personagem ficou menor, porém mais complexa. E confesso que gosto mais dele na versão final. Ele era para ser um dos "heróis" da trama.

04. Me apaixonei por Chronos desde o primeiro momento. De onde veio a ideia de colocar um deus para narrar a história?
R.: Ah, Chronos… sim, sim. O fanfarrão. A ideia central era deixar Mathew contar a história, mas eu não queria que o livro fosse contato em primeiro pessoa, não de forma clássica (quem leu vai entender). Ao mesmo tempo, eu não queria um narrador neutro, eu queria um narrador, que fosse parte da história. Eu lembro, que estava lendo “Conto de Inverno“ de Shakespeare, quando, do nada, no meio da peça, o tempo interrompe para dizer que tinha passado. Ali, eu disse: “Isso, o tempo é o seu narrador!“  Mas o tempo era muito abstrato para os meus propósitos, então, eu decidi, que eu precisava de um deus. Assim Chronos se meteu na minha história.

05. Você gostaria que AHEdHnE vira-se um filme? Se sim, quem você escolheria para protagonizar a Linumê,  o Mathew e o Chris?
R.: A História Esquecida da Hospedaria na Estrada sempre foi um filme.  Essa é a ideia desde o início. O romance só surgiu porque eu não escrevo roteiros e precisava de material. Vamos ver o que o futuro nos trará.  Eu não tenho atores em mente. Ainda.

06. Você escreveu alguns contos como Clave de Sol, O Rosto dos Imortais e A Ponte Feita de Luar. De onde você tira inspiração para eles?
R.: Clave de Sol“ foi inspirada em uma imagem de um violino, que me impressionou muito. “O Rosto dos Imortais“ surgiu depois que eu assisti a um determinado filme e achei que a produção não tinha dado o devido valor ao mito abordado; me interessei por ele e quis fazer o mesmo. “A Ponte Feita de Luar“ surgiu não sei de onde. Juro. Não sei mesmo.

07. Sobre seu conto As Cores do Além, pretendes transforma-lo num romance?
R.: Sim, pretendo.

08. Você recebeu rejeição de alguma editora?
R.: Ser ignorada conta como rejeição? (risos) Sinceramente, não muitas. Eu confesso também, que eu não enviei meus originais para muitas editoras.

09. Quais são seus autores preferidos? Algum deles lhe serviu de inspiração para escrever suas obras?
R.: Nossa, tenho vários. Machado de Assis, José de Alencar, Maria Clara Machado, Pedro Bandeira (foi obcecada na adolescência), Neil Gaiman, Anton Chekov, Terry Pratchett, Richard Matheson, Stephen King, William Shakespeare, Georg Büchner, Michael Ende, Agatha Christie, Jane Austen… (É longa a lista, meu coração é grande.) Sim, sem dúvidas. Minhas maiores influências foram Edgar Allan Poe e Neil Gaiman.

10. Deixe uma mensagem para seus fãs e possíveis novos fãs.
R.: Venham para o lado negro da Força.


Convite da Fada Linumê


C. A. Saltoris é atriz e jornalista. Por motivos pessoais, e não menos neuróticos, preferiu aderir uma outra personalidade – Saltoris – para escrever seus livros, personalidade esta que seria, como ela mesma diz, “mais centrada” que ela própria. Há anos, a escritora, que é carioca, deixou a terra do samba para aventurar-se na terra do pão, onde ela formou-se e seguiu carreira em ambas suas profissões. Com a escrita, ela começou cedo. Aos doze anos de idade, Saltoris já recebia seu primeiro prêmio literário de poesia, aos dezesseis, seu primeiro prêmio de melhor texto para peça de teatro, em um festival no Rio de Janeiro.
  Na Alemanha, Saltoris faz parte da associação de jornalistas DAP (Die Auswärtige Presse e.V) para qual escreve, principalmente, sobre eventos ligados à cultura. Como atriz, ela atua em peças de teatro, assim como em filmes.




Outras fotos de Saltoris
Anna-Sena e Skullie (As Cores do Além)

Fada Linumê (A História Esquecida da Hospedaria na Estrada)

Contos da Saltoris na Amazon
 Clave de Sol    A Ponte Feita de Luar    O Rosto dos Imortais

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