[Resenha] O Exorcista, de William Peter Blaty



  


Sinopse: Publicado pela primeira vez em 1971, O Exorcista tornou-se não só um fenômeno literário como um dos livros mais assustadores e controversos já escritos. A história centra-se em Regan, a filha de doze anos de Chris MacNeil, uma ocupada atriz que reside em Washington D.C. A criança aparenta estar possuída por um demônio ancestral e cabe a dois padres a dura tarefa de exorcizá-lo, arriscando a sanidade e a própria vida.


  


O Exorcista será minha penúltima resenha. Semana que vem tem O Pacto/Amaldiçoado, de Joe Hill, como minha última resenha. Vamos ao livro: 

Este livro foi baseado num caso real de possessão demoníaca, o que talvez torne a história do livro um pouco mais interessante.

Chris McNeil é uma atriz de sucesso, que está gravando um filme em Georgetown. Ela tem uma filha, Regan McNeil, de 11 anos. Com ela vivem alguns criados. O pai de Regan é ausente, e não aparece no livro. Vale mencionar que Chris é uma pessoa totalmente descrente por parte de religião.

Além de Chris, Regan e empregados, temos o Padre e Psiquiatra Damian Karras, que está passando pelo período mais turbulento de sua vida, com a morte de sua mãe. Sua fé está muito estremecida, o que faz com que ele duvide da existência de Deus.

  


Regan começa a brincar com um tabuleiro Ouija, enquanto sua mãe se ocupa com seu trabalho e os criados fazem seu serviço. Logo no inicio do livro, seu comportamento apresenta uma mudança, que se torna mais distante da família. Chris também escuta barulhos estranhos vindos do quarto de Regan, mas a principio pensa se tratar de ratos no teto. Mas Chris só começa a crer que algo muito estranho está acontecendo com sua filha quando, em uma festa somente para amigos, Regan urina na sala, na frente de todos os convidados. Logo depois, móveis do quarto dela aparecem fora do lugar. Até a hora que Chris vê sua filha em cima da cama, que está gritando loucamente pelo fato de sua cama estar subindo e descendo do chão. 

  


Chris vai em busca de ajuda, porém de ajuda médica. Muitos médicos e tratamentos são testados, mas nenhum com efeito positivo. Cada vez mais, Regan piora, levando Chris e os empregados à loucura e fazendo Chris deixar de lado sua descrença, e acreditar que sua filha foi possuída. Recorre então, ao Padre Karras, que irá determinar se um exorcismo se faz necessário, e é ai que entra o Padre Merrin, exorcista experiente. Além do exorcismo, temos uma investigação criminal no livro, já que o diretor do filme que Chris está gravando é morto na escadaria que fica ao lado da casa, e todas as suspeitas recaem em cima de Karl, o empregado suíço que teve várias desavenças com a vítima.


Este livro me chamou a atenção pelo filme, e por se tratar de um dos maiores clássicos da literatura de terror. Blatty escreveu uma história incrível, que te prende nas poucas páginas, e te faz ler sem parar. A narrativa é muito fluida, porém, pesada. Um ponto que chama a atenção é a divergência de crenças entre Karras e Chris, onde a ateia passa a acreditar no sobrenatural, e o padre passa a ser cético. Os xingamentos proferidos pelo espírito que tomou o corpo de Regan são muito fortes para uma criança de apenas 11 anos. Em alguns momentos, o leitor pode se sentir mal pelo que está sendo narrado. Cenas muito grotescas são narradas de uma maneira que te faz imaginar aquilo vivamente, e em certos momentos isso é muito perturbador.

  


A qualidade dessa nova edição do livro, editado pela Agir/Harper Collins Brasil, também é digna de nota. Foi feita uma nova capa, muito mais bonita que todas as anteriores, e folhas amareladas e orelhas.

Recomendo a leitura para pessoas com estômago forte. Ou para quem quer se arriscar.




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