[Entrevistando] Manoel Batista

Após a resenha de Nildrien - O Pergaminho, temos agora a entrevista com o autor \o/



1 – Seja bem vindo ao MFdR, fique a vontade para se apresentar aos leitores.
Primeiramente agradeço pelo convite. É um prazer ter a oportunidade de ser entrevistado pelo MFdR. Sou natural de Santos – SP e vivi praticamente toda minha vida aqui. Cresci em uma família de classe média, sendo o quarto e último filho de meus pais. Criei cedo o hábito de leitura, começando se bem me lembro, pelos livros da coleção salve-se quem puder e vagalume, que faziam sucesso na época (década de 90). Ali acredito que começara a nascer o meu lado escritor e desde cedo me interessei por cultura pop (ou nerd se preferir), sendo um leitor voraz também de hq’s e mangás, além de um apreciador de filmes e games, sobretudo do estilo medieval e fantástico. Assim foi grande parte da minha infância e juventude, mais tarde também criando interesse por heavy metal e, o que acredito que me ajudara e muito, RPG. Também cheguei a cursar a faculdade de história e rodar por alguns empregos até me encontrar definitivamente na escrita.


2 – De onde surgiu o nome “Nildrien”?
Nildrien é um anagrama das palavras em inglês New(Novo) e Dream (Sonho). Então é exatamente isto “Novo Sonho”. A modificação das palavras foi para deixar mais melódico e com cara de um mundo medieval.


3 – Nildrien é seu primeiro livro escrito?
Escrito sim. Na verdade Nildrien é um RPG, a versão que gerou “O Pergaminho”, é uma história de 2007. Quando a criei foi como um jogo e como todos os que jogaram na época curtiram muito, incentivaram-me para que eu a escrevesse. E acreditem: tudo que está no livro e da forma como está, realmente aconteceu assim. Mas antes de Nildrien, tiveram algumas outras histórias as quais criei e “mestrei” e tem muito material escrito, roteiros e tudo mais. Penso em colocá-las em formato de livro no futuro.


4 – Quantos livros do universo de Nildrien você pretende lançar?
A principio pretendo uma trilogia. História para contar além disso existe, mas é necessário ver como o público reage e se vai desejar continuar lendo e acompanhando Nildrien. Se for este o caso, podemos continuar por alguns volumes rs.


5 – Como surgiu a escolha dos nomes, seja dos personagens, deuses e lugares?
Bom, primeiramente sempre tentei buscar nomes para os personagens baseados em suas personalidades. Muitos deles também são anagramas, contendo palavras de outras línguas que formam o resultado final. Mas geralmente sempre crio o personagem primeiro e depois fico quebrando a cabeça, com anagramas indo e vindo em minha mente até formar o nome dele(a), de forma que combine com suas habilidades, aparência e, como disse antes, principalmente personalidade. Dos Deuses, posso dizer que o processo é parecido, mas sempre mais imponente e baseado no elemento, raça, sentimento ou ato que estes representam. Os lugares em si são bem fáceis, já que quando você cria um mundo é só olhar para o nosso,  que você já tem uma riquíssima fonte de inspiração, claro que sempre criando e desenvolvendo histórias e mitologia. Um exemplo interessante de algumas brincadeiras que faço com palavras e acho que é a primeira vez que conto em uma entrevista é com o Reino de Nalim (o reinado central da trama). Se você ler o nome ao contrário vai ver que é Milan, logo Milão. Uma homenagem a uma cidade e um time de futebol dela, do qual sou simpatizante. Se os leitores começarem a procurar podem encontrar muitas palavras perdidas e referências a alguns lugares, coisas, ou pessoas de nosso mundo rs.


6 – Foi confuso criar uma história com 15 protagonistas?
A princípio cheguei a pensar que estava ficando maluco rs. Pois com quinze protagonistas, a não ser que você queira apenas ter um número, significa dar prioridade e criar cada um com uma característica diferente e acima de tudo fazer com que cada um tenha o seu momento para brilhar. Mas com o passar do tempo, escrevendo com calma, cada capítulo devo dizer que não foi assim tão complicado. Acredito que tenha conseguido lidar bem com os quinze e outros tantos, que aparecem no Pergaminho. E ainda tem muitos outros personagens para aparecerem nas continuações e outros tantos momentos para os deste primeiro viverem. Espero ter condições de contar a história de todos da melhor maneira.


7 – Você tem algum personagem favorito do seu livro?
Difícil essa pergunta. Quando criei Nildrien, por exemplo, não imaginei uma história com um personagem principal central, então acontece de variar muito a minha preferência. Mas se eu tivesse que escolher um, dentre todos estes do Pergaminho, acredito que seria o Damian por tudo que ele passa, sendo o líder da expedição. Não é lá muito fácil comandar um grupo de quinze pessoas tão diferentes e ainda por cima tendo como adversário Asenhar, além de ter de atravessar a Floresta das Sombras e se enfiar nos confins da Caverna Antiga. Acredito que o meio-elfo é um ponto de equilíbrio, mesmo nas horas mais tensas e que dentro do possível tenha desempenhado bem seu papel de líder.


8 – Quais foram os autores que lhe serviram de inspiração?
Seria uma grande heresia não citar Tolkien, o pai da fantasia. Grande parte da influência de Nildrien, como acredito que toda história de fantasia e mitologia fantástica, bebe da água do Senhor dos Anéis. Todas as obras dele, que tive a oportunidade de ler, serviram de inspiração e como um exemplo. Citaria também o Stephen King, com A Torre Negra e outras de suas obras. Mas devo dizer que todos autores que li até hoje de certa forma, serviram e servem de inspiração. Qualquer história e qualquer gênero literário, mesmo que não tenha nada a ver com a fantasia servem, até porque podemos utilizar muita coisa de outros gêneros, não ficando limitado a apenas “clichês” de determinado gênero. Pretendo incluir mais disso nas continuações.


9 – Quais são seus livros preferidos?
Meus preferidos são o Senhor dos Anéis e o Iluminado, ambos dos já citados Tolkien e Stephen King. A propósito, sou fã incondicional do King, inclusive tenho uma prateleira de minha estante com apenas os livros dele. De nacional eu citaria com tranquilidade “Os Sete” de André Vianco. Lembro que estava na escola quando tive este livro pela primeira vez em mãos, através de um amigo que me emprestou e fiquei literalmente “surtado” com a história dos vampiros portugueses rs. E ainda mais de saber que era de um autor brasileiro. Acho o trabalho de Vianco realmente fantástico.


10 – Você pretende explorar alguns relacionamentos no próximo livro? Como por exemplo L & J  (apenas iniciais para evitar spoiler) .  E o que mais você pode nos contar sobre o segundo livro, sem revelar demais?
Sim. No Pergaminho a pegada da viagem em busca pelo artefato, com todos os problemas que encontraram pelo caminho, deixou os personagens muito em seu limite e acredito que não houvera espaço para muito além de se conhecerem. Na continuação, embora novas tensões, talvez até maiores apareçam, creio que haverá mais calma para tal. L & J em especifico,  por tudo que aconteceu no primeiro livro e por quem eles são e pelo que representam é complicado, não acha? Rs. Mas, tudo pode acontecer. Sobre a continuação posso adiantar que se chamará “Os Esquecidos” e trará muitas consequências do que acontecera durante “O Pergaminho”. Como o surgimento da força especial de Nalim, uma viagem a um novo reino, um grande mistério sobre um lugar abandonado e a execução marcada de uma certa pessoa pela Rainha de Nalim, acho que quem leu deve imaginar quem, rs.


11 – Bom, agradeço pela oportunidade de conhecer seu livro e obrigada pela entrevista. Gostaria de deixar uma mensagem para os leitores?
Eu que lhe agradeço, mais uma vez por todo espaço, carinho e atenção. Foi um prazer firmar a parceria com você e ter Nildrien resenhada e fico ainda mais feliz de saber que minha história tenha agradado alguém que lê tanto e é tão exigente, pois como disse: Nildrien começara como um RPG, uma brincadeira entre amigos, que ficou tão séria a ponto de me conceder a honra de dar a entrevista para um excelente blog como o seu. Para todos os leitores do blog, meu agradecimento por dedicarem seu tempo a ler esta entrevista e conhecer-me melhor, principalmente a Nildrien. A aqueles que já leram e conhecem fica o meu convite para que sigam acompanhando a continuação que sairá agora em 2017 e a todos que ainda não tiveram a oportunidade de ler, dou-lhes as boas-vindas, desejando que em algum momento possam vir a ler Nildrien e embarcar nesta aventura, compartilhando os momentos com todos os personagens.

Comente com o Facebook:

2 comentários:

  1. Livros do estilo quase sempre são trilogias. rs Fantasia combina com trilogia, não tem como. rs
    Tomara que o autor consiga lançar mais livros sobre o universo.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de dezembro. Serão dois vencedores, dividindo 3 livros.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ainda bem que são sempre mais de um, coisa maravilhosa ler esse gênero ><

      Excluir

Deixe seu comentário, ficarei feliz em saber sua opinião.

Coloque o link do seu blog para que eu possa retribuir a gentileza ;)
Obrigada pela visita, volte sempre!

- Proibido qualquer tipo de ofensa e linguagem imprópria -