[Resenhando] Os Sete

Tem gente que não acredita em Vampiros

Páginas: 456
Sinopse: Uma caravela portuguesa de cinco séculos é resgatada de um naufrágio no litoral brasileiro. Dentro dela, uma misteriosa caixa de prata esconde um segredo: sete cadáveres aprisionados, acusados de bruxaria. Apesar das advertências grafadas no objeto de prata, a equipe do Departamento de História da Universidade Soares de Porto Alegre decide violar a caixa, para estudar os corpos. Afinal, que perigo poderiam oferecer aqueles sete cadáveres? Nenhum. Mas depois que o primeiro deles acorda...

RESENHA

Tiago, César e Olavo são três amigos que gostam de mergulhar e explorar as águas do litoral de onde moram. Num desses passeios eles encontram uma caravela portuguesa de quase quinhentos anos. Além deste magnífico achado, o interior dela está cheio de artefatos, como moedas e imagens de santos e uma gigantesca caixa de prata, ao que parece bem vedada. Os três resolvem contatar uma amiga que é apaixonada por história, curiosos em saber mais sobre aquele achado e quanto ganhariam com isso. O pessoal da USPA, universidade em que Eliana trabalha, ficam interessados instantaneamente. Estavam animadíssimos com o que iriam estudar e fizeram um acordo com os rapazes. O que mais lhes interessava era descobrir o conteúdo da misteriosa caixa. Alguns apostavam que eram documentos, outros achavam que teria mais imagens e moedas, mas apenas um estava certo. Ao abrirem descobriram haver sete cadáveres. A curiosidade era tanta, que todos se acotovelavam para olhar, no meio disso, Eliana cortou a mão, tonta, apoiou-se na caixa. Seus amigos a levaram dali e ainda assim a confusão continuou. Passada a euforia, era hora de tentar entender porque haviam setes pessoas ali. Segundo as inscrições naquele sinistro sarcófago, aquelas criaturas eram acusadas de bruxaria. Mas como Professor Delvechio era cético, não acreditou nessa baboseira mística. Mas sua opinião começa a mudar quando um dos espécimes começa a se regenerar e enfim, acorda.

"Nobres homens de bem, jamais ouseis profanar este túmulo maldito. Aqui estão sepultados demônios viciados no mal e aqui devem permanecer eternamente. Que o Santo Deus e o Santo Papa vos protejam."

A história é situada no Rio Grande do Sul. Após acordar, Inverno foge do laboratório improvisado levando um dos irmãos ainda "morto" e gerando caos a cada passo. Por ele ter mostrado certo fascínio por Eliana, Tiago acha que a amiga corre perigo, e decidi levá-la para São Paulo. A trama se desenvolve mostrando o trabalho que Inverno tem para recuperar seus irmãos, sequestrar Eliana e voltar para seu castelo no D'Ouro, em Portugal.
A premissa é bem interessante, mas não despertou em mim aquele fascínio. Muitas vezes o autor utiliza gírias que talvez quem não for do Sul, demore a entender. Há algumas pontas soltas que ao meu ver foi mais para encher páginas, alguns personagens recorrentes na trama simplesmente param de aparecer sem um desfecho para eles. Uma parte que li e pensei "Nossa, certamente vai ter alguma relação com o resto da história" não teve. está ali apenas por estar ou para fazer o leitor pensar isso. O final foi um tanto surpreendente, e possivelmente saberemos o desfecho do que aconteceu, no segundo livro, intitulado "Sétimo".
A parte físicas está muito boa, diagramação confortável e folhas amareladas. E a capa da edição de 2011 (a que li) é prateada com uma mancha como se fosse sangue com a imagem de uma caravela.
Os Sete não atendeu minhas expectativas, Ainda assim, desejo saber o que acontecerá no próximo livro. Mas por favor, não deixe de conferir esta obra por causa de minhas palavras. E se você já leu, o que achou? Deixe aqui nos comentário!

"Apesar de parecer, não somos dois malucos. Somos desalmados, mas não malucos."

Outras capas


Novo Século - 2001
Aleph - 2016

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2 comentários:

  1. Oi, Andressa!
    Que pena que você não gostou taaanto assim. rs
    Eu gostei bastante desse livro. Gostei da continuação também. :)
    Beijo

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