[Entrevistando] Kátia Regina Souza

Venham conhecer mais sobre a autora de O Velho Mundo (resenha aqui), Kátia Regina Souza

Seja muito bem vinda ao MFdR. Obrigada por responder esta entrevista. Fiquei muito feliz em ter recebido seu livro. Fique à vontade e apresente-se aos leitores.
Eu é que agradeço a oportunidade, Andressa! Bom, eu sou a Kátia e escrevo desde muito cedo. Toda a minha vida sempre revolveu em torno da escrita. Atualmente, trabalho como jornalista, revisora, leitora crítica e tradutora, então vocês já conseguem notar o quanto eu sou apaixonada pelo meio editorial.


Como decidiu ser escritora?
Não sei se foi uma decisão, porque decidir implicaria que eu tive uma opção. O amor pela escrita só aconteceu, simples assim. Minha irmã mais velha me ensinou a ler com 5 anos, mas antes disso eu já criava histórias curtas e poemas na minha cabeça mesmo, decorava e contava para os outros. Com 10 anos, iniciei meu primeiro romance, resultando em “O Velho Mundo”, finalizado aos 12. Peguei o livro bem mais tarde, aos 20 e poucos, revisei e comecei a procurar uma editora.


Daniel, Olívio, Tiago, André, Clara, Débora, Gabriela, Eduardo e Ágata. Mesmo sendo muitos, você mostra que cada um tem sua própria personalidade, então diga-nos, como foi criar nove protagonistas?
Eu tive uma grande inspiração para criar os personagens, afinal, eles são baseados em meus próprios primos! Claro, diversas coisas mudam – juro que a Débora é menos irritante na vida real e a Ágata é menos egocêntrica, hahaha –, mas as características base se mantêm. Desenvolvi suas personalidades em cima de um ponto principal: temos uma criança engraçada, uma inteligente, outra autoritária, etc. A partir disso, determinei aspectos secundários, tentando deixar os pequenos mais coerentes e humanizados. Admito, não foi fácil; escolher ter nove protagonistas não é uma decisão simples. Honestamente, ela foi muito mais pessoal, e não editorial (não queria deixar nenhum dos primos de fora).


O que a levou a criar medidas de tempo, digamos, complexas para O Velho Mundo? Confesso que fiquei um pouco perdida.
Criar um mundo diferente exige pensar em aspectos variados; um deles é o tempo, ciclos de noite/dia e como tudo isso funcionará no seu novo universo. Li bastante sobre o assunto e me baseei nos sistemas inventados por outros autores, visando desenvolver uma medida única para o Velho Mundo. O problema disso, claro, é a complexidade de explicar algo diferente ao leitor, que não está dentro da cabeça do autor para entender as loucuras que se passam lá :p


Ao ler seu livro várias referencias me vieram à mente. Quais foram suas inspirações para escrever OVM?
Minha vontade de escrever um romance de literatura fantástica surgiu após ler Harry Potter. Contudo, as influências mais diretas no estilo de história e modo de escrever vieram de  “A História Sem Fim”, do Michael Ende, e “As Crônicas de Nárnia”, do C. S. Lewis, além de filmes de aventura dos anos 80 (“Goonies”, por exemplo) e toda a Série Vaga-Lume, publicada pela Editora Ática.


Como foi o processo de criação de criaturas tão singulares como Sorin, Harque e o ranzinza Wolf?
Como escrevi “O Velho Mundo” quando criança, tinha toda a imaginação infantil a meu favor. Além disso, o que me ajudou foi fazer muita pesquisa (essencial, sempre!) e ler várias obras de literatura fantástica, desenvolvendo um repertório bacana. Associando tudo isso, os personagens surgem naturalmente.


O que a inspirou a escrever esse livro? E porque um final tão incomum?
Meus primos e as pequenas “aventuras” que vivíamos juntos, bem como leituras feitas ao longo da infância. Não quero falar muito do final para não dar spoilers, hahaha. O que eu posso dizer é que o livro já teve muitos, muitos, muuuuitos finais. O escolhido foi o que mais me agradou pela dose de realismo contida nele. E calma, tem continuação :D


Sabendo que teremos uma continuação em 2018, além disso quais são seus próximos projetos?
A continuação (única, é uma duologia) já está quase pronta. Ela só sai em 2018 porque já tenho outro projeto programado para 2017, um livro-reportagem sobre a literatura fantástica nacional. Ele conta a trajetória dos autores até conquistarem a tão desejada publicação. Entrevistei 52 pessoas maravilhosas, que vão falar do mercado editorial e das dificuldades de viver de escrita no Brasil. Temos desde nomes conhecidos, como Eduardo Spohr, FML Pepper e André Vianco, até autores emergentes (e que não perdem nada em qualidade para os grandes), tipo a Janayna Bianchi.


Queria agradecer mais uma vez pela oportunidade que você me deu de conhecer O Velho Mundo. Espero que você tenha sempre sucesso! Gostaria de deixar uma mensagens para os leitores?
Novamente, sou eu que agradeço pela disponibilidade em fazer uma resenha do livro e divulgar o meu trabalho! Convido os leitores para conhecer “O Velho Mundo”, em Katia Regina Souza. Lá, vocês encontram uma amostra grátis do prólogo e primeiro capítulo, ou conseguem adquirir a obra completa por R$29,90 (já com o frete incluso). Também podem conversar diretamente comigo, estou sempre à disposição para tirar dúvidas a respeito do livro ou auxiliar escritores iniciantes: Perfil no facebook


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2 comentários:

  1. OI! \o/
    Eu nunca tinha ouvido falar de O Velho Mundo, mas a autora parece ser um amorzinho, e as inspirações que ela citou me fizeram ficar curiosa pra conhecer o livro.

    Jovem Demais

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