Sinopse: Escrito em 1986, Hellraiser – Renascido do Inferno apresentou ao público os demoníacos Cenobitas, personagens criados por Clive Barker que hoje figuram no seleto grupo de vilões ícones da cultura pop como Jason, Leatherface ou Darth Vader. Toda a perversidade desses torturadores eternos está presente em detalhes que estimulam a imaginação dos leitores e superam, de longe, o horror do cinema.
Clive Barker escreveu o romance Hellraiser – Renascido do Inferno (The Hellbound Heart, no original) já com a intenção de adaptá-lo ao cinema. O cultuado filme de 1987 seria sua estreia na direção, e ele usou o livro para mostrar todo seu talento como contador de histórias a possíveis financiadores. Nas palavras do próprio Barker: “A única maneira foi escrever o romance com a intenção específica de filmá-lo. Foi a primeira e única vez que fiz assim, e deu resultado”.
De leitura rápida e devastadora, Hellraiser – Renascido do Inferno conta a história de um homem obcecado por prazeres pouco convencionais que é tragado para o inferno. Inspirado nas afinidades peculiares do autor, o sadomasoquismo é um tema constante em sua arte.
“Eu vi o futuro do terror, e o nome dele é Clive Barker” – Stephen King.
Quando eu vi essa frase acima, do próprio King homenageando
o Barker assim, eu pensei “tenho que ler algo dele logo”. E eis que a DarkSide
lança Hellraiser – Renascido do Inferno em uma qualidade incrivelmente
superiora aos livros que eu já vi. Uma capa linda, um acabamento imitando
couro, capa dura, enfim, auto-relevo, brilho e muito mais. Lindo livro.
Renascido do Inferno foi escrito pensado para ser adaptado
para o cinema, mas eu nunca vi o filme (até agora). Então, minha resenha será
focada 100% em cima do livro.
O livro começa com Frank resolvendo o difícil enigma da
caixa de Lemarchand, um artefato misterioso, que funciona como quebra-cabeça.
Frank busca prazeres ainda desconhecidos, pois vive uma vida envolta em prazeres,
sexuais ou por meio de substâncias. Nada mais o impressiona. Até ouvir falar na
Caixa de Lemarchand, artefato que tem o poder de, quando resolvido,
proporcionar prazeres além da imaginação humana. Frank se retira para uma casa
da família e, completamente solitário, a resolve. A caixa então abre passagem
para outra dimensão, a dimensão dos Cenobitas, criaturas que também buscam o
prazer, se desfigurando com cortes, mutilações, correntes, ganchos e vários
outros tipos de automutilação. Frank percebe que o prazer que seria obtido não
seria algo bom, mas já é tarde, e os Cenobitas o levam.
Caixa de Lemarchand
No capítulo seguinte, somos apresentados a Rory, irmão de
Frank, e Kirsty, esposa de Rory, mas que ama Frank. Em certo ponto, Frank se
comunicará com Kirsty, mas seu corpo está tão transfigurado pelas mutilações,
que ele precisará de corpos humanos para conseguir se refazer, como sangue, nutrientes
e muito mais. Kirsty então, começa o longo processo de atrair presas para Frank
se banquetear.
Cenobita
"Ele sentiu-se próximo de explodir. Sem dúvida, o mundo fora da sua cabeça – o quarto, os pássaros alem da porta – apear de todos os seus guinchos excessivos, não poderia ser tão opressor quanto suas memórias. Melhor aquilo, ele pensou, e abriu os olhos. Mas eles não descolaram. Lágrimas ou pus ou agulha e linha os haviam selado"
A escrita de Barker é intensa, nua e crua. E o que mais chama a atenção: ele descreve muito bem coisas
repulsivas, ele é cruel, intenso, pesado em algumas partes. Mas eu adorei mesmo
assim. Com certeza, o autor perfeito para a DarkSide. Fica minha torcida para
que a editora lance logo Os Livros de Sangue, que promete ser ainda mais
intenso do que Hellraiser.
Ficha Técnica:
Titulo Original: The Hellbound Heart
Autor: Clive Barker
Editora: DarkSide
Páginas: 160
BÔNUS: Motorhead - Hellraiser
Esse livro parece ser bom demais! Preciso lê-lo logo, até porque ele é a minha cara.
ResponderExcluirSem falar que essa edição está perfeita.
Desbrava(dores) de livros - Participe do top comentarista de dezembro. Serão dois vencedores!
Fala Desbravador, tudo certo?
ResponderExcluirLeia sim, a estória e a edição valem cada centavo investido.
Abraços
Fiquei com muita vontade de ler, parece um livro que prende o leitor e mexe com os sentimentos. Vou ter que ler com certeza.
ResponderExcluirOlá, tudo bem?
ExcluirLeia sim, o livro é muito bom, te prende fácil (foi difícil ter que parar de ler pra dormir, já que li a noite), e mexe mesmo com os sentimentos. Tem horas que você torce contra e outras você torce a favor da cura do Frank. O final então, um dos mais tensos que já vi.
Grande abraço e boa leitura!