[Resenhando] A Volta ao Mundo em 80 Dias

 
Título original: Le tour du monde em 80 jours
Título:A Volta ao mundo em 80 dias
Autor(a): Jules Verne
Tradução: Juliana Ramos Gonçalves
Formato: Físico
Editora: Principis
Ano: 2019
Páginas: 304
Gênero: Literatura juvenil/Aventura/Ficção Científica
ISBN: 9788594318145
Sinopse: Phileas Fogg, um inglês rico, metódico e um tanto quanto solitário aposta com seus colegas do clube de jogos que conseguirá dar uma volta ao mundo em apenas 80 dias. Para tal feito, o excêntrico Fogg convida seu fiel empregado Jean Passepartout e juntos viverão muitas aventuras.
 

 RESENHA

 
    Phileas Fogg é um rico inglês metódico e por conta disso, singular aos olhos alheios. Ele não  faz mais movimentos que os necessários. Ele não diz mais palavras que as necessárias. Ele não faz parte das instituições e sociedades inglesas. O único lugar que poderia ser visto, além de sua residência, era o Reform Club, lugar no qual Phileas ia pontualmente às 11h30 para almoçar e passar o resto de seu dia até perto da meia-noite. Fosse lendo jornal ou jogando whist com seus parceiros de sempre.
    Sua rotina de métodos regulares deveriam ser seguidas à risca por seu único criado, mas um pequeno erro faz com que James Foster perca seu emprego, abrindo vaga para um francês de nome Jean Passepartout. Jean ficou muito contente com a pacata rotina de seu novo patrão, mas para seu azar, uma pequena aposta mudaria completamente a vivencia rotineira do Sr. Fogg, por pelo menos... 80 dias.
    Ao retornar do clube horas antes do previsto, Phileas Fogg informou ao seu novo criado que partiriam imediatamente para Dover e Calais, e a partir dali, dariam a volta ao mundo em oitenta dias. Passepartout recusava-se a acreditar nisso, e essa incredulidade prolongou-se até quase metade da viagem.
    Sr. Fogg, na companhia de seu criado, partiram em viagem com apenas uma mala de mão cada um e a soma de vinte mil libras para despesas necessárias. Pelas contas de Phileas, havia tempo suficiente para chegar de volta a Londres no dia e hora combinada com seus companheiros... mesmo que alguns pequenos imprevistos acontecessem.
"Ele sabia que, na vida, é preciso levar em conta os desentendimentos, e como os desentendimentos causam atrasos, ele nunca se desentendia com ninguém."
    Essa foi a primeira obra de Jules Verne que li e confesso que a premissa respondeu as minhas expectativas, porém, a demasia de detalhes dos meios de transportes utilizados ao longo da viagem me fizeram pular essas partes, e mesmo assim, não atrapalhou em nada a compreensão do enredo principal. Fora isso, não há o que reclamar.
    As personagens principais são um completo oposto do outro, mesmo que Passepartout estivesse querendo sossegar, em meio a viagem é nítido como ele sofre todas as emoções que seu patrão, Sr Fogg parece não ter, e se tem, não demonstra. Phileas é tão calmo e centrado que me deixou aflita em alguns momentos. Claramente tenho o mesmo espírito ansioso de Jean Passepartout. O antagonista, o Oficial Fix, por outro lado, me deixava com vontade de estapeá-lo. Egocêntrico e presunçoso, Fix confia cegamente em seu objetivo e não há nada que o pare.
    A capa está tão linda e combina muito com as outras obras do autor nessas edições. As páginas não são exatamente brancas, nem em tom sépia, mas ainda assim, são confortáveis para a leitura. Fonte e espaçamento estão perfeitos e há notas de tradução para os termos que continuaram no idioma original (traduzido diretamente do original em francês). Lembrando que a Principis traz todas as obras com o texto integral, desde que ela esteja em domínio público.

Por dentro da edição:



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2 comentários:

  1. Melhor resenha impossível! Excelente visão de uma obra tão incrível como é esse livro!!

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